terça-feira, 23 de agosto de 2011

Calçadas sem acessibilidade tornam a vida de cadeirantes um desafio diário.











Muitos dos passeios públicos têm desníveis ou buracos, o que dificulta a passagem de quem depende de duas rodas.




Novo Hamburgo
  - Se para quem anda a pé certas ruas e calçadas parecem armadilhas, para quem é cadeirante a situação piora e o problema da acessibilidade está no passeio público. Muitos estão quebrados, têm desníveis ou buracos, o que dificulta a passagem de quem depende de duas rodas. “Temos de subir e descer das calçadas de costas, para evitar quedas”, diz a arquiteta aposentada e diretora da Associação dos Lesados Medulares (Leme-RS), Celina do Amaral Miranda, 50 anos.
Atenção especial - Em frente ao Foro de Novo Hamburgo, há desnível entre asfalto e calçada. A escrivã da direção Janete Fabíola de Oliveira diz que os cadeirantes não precisam entrar por ali, pois há estacionamento no pátio e cadeiras de rodas disponíveis.


SAIBA MAIS
Segundo o titular da Coordenadoria de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência de Novo Hamburgo, Darwin Kremer, o caminho para garantir a acessibilidade é longo. Ele destaca que as calçadas, por exemplo, são responsabilidade dos proprietários dos imóveis. “Quando eles fazem, não se dão conta de que todas as pessoas têm de poder passar por ali.”
O valor da multa para o dono do terreno cuja calçada não estiver de acordo varia de R$ 107,67 a R$ 107.675,00
Para conscientizar sobre a necessidade de melhores passeios públicos, foi lançada a campanha Calçada Cidadã é Acessível a Todos. “Mas não adianta só ter rampas ou calçadas em boas condições. É preciso também uma mudança de atitude para que os deficientes tenham emprego e vida social”, diz Kremer.
O transporte público adaptado é outra reivindicação. A empresa de transporte Viação Hamburguesa tem 132 veículos e 28 são adaptados. Já na empresa de transporte Viação Futura são 52 veículos na frota e dez adaptados
Exemplo - Para Celina Miranda, o tema mobilidade avança em Novo Hamburgo, mas ainda tem muito a evoluir. Um bom exemplo dos avanços já pode ser visto no terminal rodoviário da Avenida 1º de Março, no Centro, que garante o acesso dos cadeirantes.


DESNÍVEL
No Centro Administrativo Leopoldo Petry, também há desnível entre o asfalto e o calçamento, no acesso pelo 1º andar. A assessoria de imprensa da Prefeitura diz que a situação será verificada para avaliar a necessidade de correção no local.

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