sábado, 26 de fevereiro de 2011

Memorial da Inclusão Lança Versão Virtual


A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência lança nesta quinta-feira, 24, às 17h, a versão virtual do Memorial da Inclusão: os Caminhos da Pessoa com Deficiência. O evento será realizado na sede da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Av. Auro Soares de Moura Andrade, 564, portão 10 - bairro Barra Funda0, em São Paulo/ SP.
Na ocasião, haverá também a primeira mostra de acessibilidade dos museus do Estado de São Paulo, com foco no Museu Casa de Portinari e Pinacoteca do Estado, em um espaço especialmente preparado para este fim dentro do Memorial da Inclusão.
O Memorial da Inclusão: os Caminhos da Pessoa com Deficiência foi inaugurado em 03 de dezembro de 2009. Tem o propósito de reunir em um só espaço fotografias, documentos, manuscritos, áudios, vídeos e referências aos principais personagens, às lutas e às várias iniciativas que incentivaram as conquistas e melhores oportunidades às pessoas com deficiências. Principalmente em um dos períodos mais importantes da história sócio-cultural e política do movimento de luta das pessoas com deficiência, que ocorreu no início dos anos 80.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Frente de Defesa dos Direitos dos Deficientes do Congresso Nacional


A deputada alagoana Rosinha da Adefal (PTdoB) foi escolhida pelos seus pares para assumir a presidência da Frente Parlamentar de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência do Congresso Nacional.  Seu vice será o deputado Romário.
Criada em 2007, pelo deputado Geraldo Resende, a Frente é mista, composta por deputados e senadores, formando por um bloco suprapartidário.
São finalidades da Frente: a) acompanhar as políticas e ações que se relacionam às pessoas com deficiência; b) promover debates, simpósios, seminários e outros eventos pertinentes ao tema, divulgando seus resultados; c) promover o intercâmbio com entes assemelhados de parlamentos e entidades de outros países, visando o intercâmbio de ações congêneres; d) acompanhar a tramitação de matérias na Câmara dos Deputados e no Senado Federal que tratem do assunto pessoas com deficiência e correlatos.
A primeira reunião oficial da Frente, em 2011, ocorreu dia 23, e contou com a presença dos Deputados Mara Gabrilli, Rosinha da Adefal, Valter Tosta, Romário, Otávio Leite, Geraldo Barbosa e Luiz Henrique Mandetta.
Para a indicação para a presidência, Rosinha contou com o apoio imediato dos deputados Mara e Tosta, com quem vem afinando as ações, em prol da acessibilidade e da inclusão social das pessoas com deficiência.  No transcorrer da reunião, os demais parlamentares também declararam seu apoio à deputada alagoana, sendo um consenso, sua indicação.
Na próxima terça-feira, 1, haverá mais uma reunião preparatória, na qual se pretende chegar a uma data para o evento de reativação oficial da Frente, que deve ocorrer na segunda quinzena de março.  Na ocasião, também serão discutidas questões como a necessidade de reforma do estatuto que regulamenta a Frente Parlamentar.
Um dos grandes desafios da Frente será  o projeto de lei que institui o Estatuto da Pessoa com Deficiência, que vem sofrendo severas críticas por parte da sociedade civil organizada. A regulamentação da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (ONU) também será tema a ser discutido.
A luta pela acessibilidade nos grandes eventos esportivos que o Brasil sediará nos próximos anos  é ponto de destaque, a ser apreciado.
As datas comemorativas, símbolos de luta para o Movimento de Inclusão Social, serão observados pela Frente, que já se mobiliza para o próximo dia 21, Dia Internacional da Síndrome de Down.
A Deputada agradeceu a confiança e apoio de seus pares, ressaltando que com esta indicação, o seu compromisso com a inclusão e a acessibilidade foram ainda mais ampliados.

Novas lotações marcam pioneirismo em acessibilidade



Porto Alegre é a primeira capital brasileira a dispor, no sistema de transporte seletivo, de veículos lotações com elevador para acessibilidade de pessoas com deficiência e box para o estacionamento dos cadeirantes. A entrega oficial dos primeiros veículos foi realizada em solenidade nesta quarta-feira, 22, em frente ao Paço Municipal. (fotos)

A implantação dos novos veículos, parceria entre a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), a Secretaria Especial de Acessibilidade e Inclusão Social (Seacis) e a Associação dos Transportadores de Passageiros por Lotação (ATL), com equipamentos para o transporte de pessoas com deficiência, representa uma ação pioneira no país. Para o prefeito, a iniciativa mostra a importância da qualificação do transporte coletivo da cidade na gestão municipal. “Mais uma vez, demonstramos que queremos avançar no desenvolvimento da cidade, respeitando sempre as diferenças e combatendo as desigualdades. Não adianta pensarmos em Copa 2014 sem pensarmos em detalhes como este, de inclusão social, que possibilitam maior acessibilidade aos cidadãos”, destacou Fortunati. (vídeo)

Características - Os carros adaptados são equipados com ar-condicionado, 21 lugares, poltronas reclináveis em dois estágios com cintos de segurança retráteis, no padrão rodoviário. Conforme o diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, a partir de agora todos os veículos que entrarem na frota deverão apresentar o mesmo padrão. A programação de renovação da frota, com idade média de 5 anos, prevê a inclusão de 50 novos veículos no sistema até o final de janeiro de 2011.

O titular da Seacis, Tarcízio Teixeira Cardoso, também participou da entrega dos veículos. O cadeirante Dilceu dos Santos, 38 anos, testou e aprovou a nova lotação adaptada. “Esta é uma conquista dos cadeirantes e das pessoas com deficiência. Agora, sabemos que podemos pegar uma lotação especialmente adequada as nossas necessidades. Nós, porto-alegrenses, estamos avançando cada vez mais em acessibilidade e inclusão”, afirmou.


Linhas - Os novos veículos atenderão as linhas 787 Ipiranga PUC; 314 Canal 10; 130 Guarujá; 161 Ipanema e 590 Guerino/Lindóia. A frota circula com 403 veículos, 29 linhas principais e 17 secundárias, com 4.632 viagens diárias, no transporte de aproximadamente 56 mil passageiros / dia, transportados sentados.


ACESSIBILIDADE - 22/12/2010
Prefeito José Fortunati presente na Solenidade de Apresentação dos Novos Veículos de Transporte Seletivo com elevador para acessibilidade de pessoas com deficiência.
Foto: Ricardo Giusti/PMPA
 

PRAIA ACESSÍVEL PARA TODOS

Olá amigos.

Nos dias 26 e 27 de fevereiro, estaremos realizando o programa PRAIA ACESSÍVEL PARA TODOS.
A nossa ação se resume em levar os nossos convidados para tomarem um banho de mar na Praia de Tramandai, nas CADEIRAS ANFÍBIAS, projetadas para levar quem depende de cadeira de rodas para entrar na água.

Quem tiver interesse em participar é só comparecer na praia de Tramandaí nos horários indicados para o banho de mar e sol.

Montaremos duas tendas para recebê-los e teremos um trilho especial para não deixar as cadeiras de rodas atolarem na areia e respeitaremos os horários indicados para o banho de mar e de sol até às 18hs.. 

Importante: 
Não esquecer boné, protetor solar, labial, óculos de sol e toalhas de banho.
Lembro que as despezas com alimentação serão por conta de cada participante

Se alguma entidade quiser participar desta atividade com os seus associados, estaremos disponibilizando um ônibus gratuito da empresa ATIVA TURISMO para nos levar e voltar passando um dia em Tramandaí.

Aguardo confirmação de qual a entidade se prontifica em participar do 
Programa PRAIA ACESSÍVEL PARA TODOS.

Att,

Rotechild Prestes
Ong Caminhadores 
Presidente
(51)84644301 
http://inema.com.br/ff/ f011677/
http://caminhadores-rs.blogspot.com/

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Acessibilidade em Cidreira – Litoral RS*


Cidreira é a mais antiga praia do Litoral Norte do Rio Grande do Sul e, também, uma das mais próximas da Capital, distante aproximadamente 120 km de Porto Alegre pela RS 040. Veraneio nela desde 1999 +/- quando meu pai, Jandir, decidiu comprar uma casa aqui para ficar próximo ao mar, do irmão Wilson e dos sobrinhos. Desde então, Ano Novo é em Cidreira.
Cidreira acompanhou a evolução da minha condição física: cheguei aqui manquinha, no outro ano de bengala e, dois anos depois, com cadeira de rodas. E desde que chegamos aqui existe o calçadão da Mostardeiro e sua “pseudo” acessibilidade: rampas íngremes que não permitem o uso por cadeirantes sem auxílio. Tanto para subir, acessar o calçadão, e muito menos para descer. Mas as rampas estão lá, dirão uns.
Mas esse ano, a coisa extrapolou!...
Trocaram o piso na parte do Calçadão que localizada na área central e do entorno da Concha Acústica, substituíram as ardósias 40x40cm por piso intertravado de concreto de dezesseis faces. Conseguiram verba do Governo do Estado para a obra, com direito a placa e tudo. Só que perderam uma ótima oportunidade de corrigir os erros do passado: sequer foram capazes de verificar o local das rampas e ajustar o melhor local.
Se o dinheiro veio do Governo do Estado, exigiu “projeto”. Daqueles que todo órgão público ou instituição exige como acesso ou inscrição da prefeitura ou ONG para se candidatar ao recurso. Dados cadastrais, objeto, justificativa, contrapartida, prazo de execução, fiscalização e prestação de contas. Em se tratando de uma intervenção urbana, nesta etapa é apresentado um projeto arquitetônico e urbanístico básico, que deveria ser detalhado para a etapa de execução. No caso de Cidreira essa etapa não aconteceu.
Para execução de projetos desse tipo, normas devem ser respeitadas. O Art. 15 da Seção II - Das Condições Específicas – do Decreto-lei 5296 de 2 de dezembro de 2004, a chamada Lei da Acessibilidade[1] diz:
Art. 15. No planejamento e na urbanização das vias, praças, dos logradouros, parques e demais espaços de uso público, deverão ser cumpridas as exigências dispostas nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT. 

§ 1o Incluem-se na condição estabelecida no caput: 

I - a construção de calçadas para circulação de pedestres ou a adaptação de situações consolidadas; 

II - o rebaixamento de calçadas com rampa acessível ou elevação da via para travessia de pedestre em nível; e 

III - a instalação de piso tátil direcional e de alerta. 

§ 2o Nos casos de adaptação de bens culturais imóveis e de intervenção para regularização urbanística em áreas de assentamentos subnormais, será admitida, em caráter excepcional, faixa de largura menor que o estabelecido nas normas técnicas citadas no caput, desde que haja justificativa baseada em estudo técnico e que o acesso seja viabilizado de outra forma, garantida a melhor técnica possível. 
Porém, isso não foi respeitado. Nem a NBR 9050, Norma Brasileira sobre Acessibilidade a Edificações, Mobiliário, Espaços e Equipamentos Urbanos[2] - que estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quando do projeto, construção, instalação e adaptação de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às condições de acessibilidade. Nela, no item 6.10.11 Rebaixamento de calçadas para travessia de pedestres tem todas as especificações necessárias para projeto e execução de uma rampa acessível: inclinação (máximo 8,33%), largura (mínimo 1,20m) e comprimento necessário conforme a altura do desnível a ser vencido e formas de realizá-lo quando a  largura do passeio não for suficiente para acomodar o rebaixamento.
NENHUMA rampa em Cidreira segue a NBR 9050, quer de responsabilidade pública ou privada. Isso denota dois fatos:
1.      as intervenções urbanas realizadas pela Prefeitura não são precedidas de projeto arquitetônico e urbanístico, com a consideração de normas e regulamentos legais;
2.      em Cidreira a fiscalização de obras é falha.
A falta de acessibilidade nas calçadas não é “privilégio” de Cidreira, está presente em todas as cidades do Brasil. Infelizmente não temos a cultura de “adequar para o outro passar”.Considerando que estamos a poucos anos de uma Copa do Mundo da FIFA no Brasil, onde Porto Alegre será uma das cidades que receberão os jogos, Cidreira perdeu uma boa oportunidade com recursos do Estado de começar ações para tornar-se a primeira praia do Litoral Gaúcho a preocupar-se com acessibilidade e dar os primeiros passos para ser uma cidade que respeita todos e todas.
Para ilustrar o que falo, deixo as fotos falarem por si mesmas.

Cidreira, verão 2011                                                           Celina do Amaral Miranda
Arquiteta aposentada

Rua Voluntários da Pátria, 767/403
Bairro Pátria Nova
CEP 93410-090 - Novo Hamburgo – RS
celinamiranda@sinos.net
Rua Getúlio Vargas, 2493
Bairro Centro
95595-000 – Cidreira – RS
cellmiranda@gmail.com





1. Rampa íngreme e estreita

2. Tamanho da  rampa lxh

3. Descendo a rampa

 4. Descendo a rampa

5. Pequena altura mas largura idem


6. Poste obstruindo caminho


7. Final do canteiro

 8. Arremedo de rampa no final do Calçadão

 9. Término do piso sem acabamento e faixa de areia

10. Faixa de areia

11. Placa informativa

 11a. Placa informativa 2

12. Pequeno desnível, largura também

 13. Calçada da Concha Acústica

 14. Prefeitura 1 - Rua João Neves esquina Mostardeiro

 15. Prefeitura saindo na faixa de segurança

 16. Faixa de Segurança sai da rampa da prefeitura ao calçadão

 17. Faixa de Segurança chegando na calçada no lado oposto da Prefeitura

 19. Atravessando a partir da Prefeitura para F Capilé


 19. Mostardeiro com Gen Osório direita


 20. Mostardeiro com Gen Osório direita


 21. Rampa de Esquina Mostardeiro com Gen Osório


 22. Rampa rua Gen Osório depois da chuva


 23. Casa das Palhas pela Gen Osório


 24. Casa das Palhas pela Mostardeiro


 25. Rampa Nova Mostardeiro com Gen Osório


 26. Lado Oposto Sem Rampa Mostardeiro com Gen Osório


 27. Rampa obstruída Mostardeiro


 28. Rampa rua oposta à Concha Acústica



[2] http://portal.mj.gov.br/corde/arquivos/ABNT/NBR9050-31052004.pdf


[*] Post do blog Acesso i-limitado (www.acessoi-limitado.blogsot.com) e enviado para Prefeitura Municipal de Cidreira e Metroplan – Fundação Regional de Planejamento Metropolitano e Regional

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Desenho Universal

O Desenho Universal é um modo de concepção de espaços e produtos visando sua utilização pelo mais amplo espectro de usuários, incluindo crianças, idosos e pessoas com restrições temporárias ou permanentes.
Baseia-se no respeito à diversidade humana e na inclusão de todas as pessoas nas mais diversas atividades, independente de suas idades ou habilidades.
A meta é atingir um desenho de qualidade no qual, além de requisitos estéticos, é fundamental o fácil entendimento sobre o uso (legibilidade), a segurança e o conforto para todos. Logo não significa conceber espaços especiais para pessoas especiais mas, sim, dotar o espaço de qualidades que beneficiem a todos.


Princípios do Desenho Universal


1. Uso Eqüitativo - O desenho é utilizável por pessoas com habilidades diversas.
Norma 1a: Prover os mesmos significados de uso para todos os usuários: idêntico quando possível, equivalente quando não possível.
Exemplo: Portas com sensores se abrem sem exigir força física ou alcance das mãos de usuários de alturas variadas (as mãos podem estar ocupadas).
Norma 1b: Impedir segregação ou estigmatização dos usuários.
Exemplo: Rampa adjacente a uma escada impede a segregação de pessoas com restrições de mobilidade.
Norma 1c: Prover privacidade, segurança e proteção de forma igual a todos os usuários.
Exemplo: Barras de apoio no sanitário permitem que a pessoa faça a transferência da cadeira de rodas para o vaso sanitário de forma segura.
Norma 1d: Tornar o desenho atraente para todos os usuários.
Exemplo: Cores que estimulam os sentidos fazem com que o ambiente se torne mais agradável.


2. Uso flexível - O desenho acomoda uma ampla faixa de preferências e habilidades.
Norma 2a: Prover escolhas na forma de utilização.
Exemplo: Computador com teclado e mouse possibilita escolha na entrada dos dados.
Norma 2b: Acomodar acesso e utilização para destros e canhotos.
Exemplo: Guarda-corpos e guias em ambos os lados de um caminho provêem proteção e estabilidade em ambas as direções para canhotos e destros.
Norma 2c: Facilitar a precisão e acuidade do usuário.
Exemplo: A marcação arquitetônica da entrada de um prédio facilita ao visitante seu reconhecimento já do estacionamento.
Norma 2d: Prover adaptabilidade para a velocidade (compasso, ritmo) do usuário.
Exemplo: Escadas rolantes devem dispor de um patamar no início e término da escada, para que haja um tempo de adaptação à mudança de velocidade no deslocamento do usuário.


3. Uso simples e intuitivo - O desenho é fácil de ser compreensão e independe da experiência, conhecimento, habilidades de linguagem, ou nível de concentração do usuário.
Norma 3a: Eliminar a complexidade desnecessária.
Exemplo: Utilizar simbologia internacional e de fácil identificação para garantir informação, como a localização de sanitários.
Norma 3b: Ser coerente com as expectativas e intenções do usuário.
Exemplo: Localizar os mapas e placas informativas próximas às circulações verticais, para o usuário Ter acesso à informação ao chegar no pavimento.
Norma 3c: Acomodar uma faixa larga de habilidades de linguagem e capacidades em ler e escrever.
Exemplo: Informações adaptadas aos deficientes visuais, como mapas táteis, orientam a todos.
Norma 3d: Organizar as informações de forma compatível com sua importância.
Exemplo: Hierarquizar as informações, através da utilização de placas maiores e menores, priorizando a informação essencial.
Norma 3e: Providenciar respostas efetivas e sem demora durante e após o término de uma tarefa.
Exemplo: O elevador deve emitir sinal sonoro e luminoso ao abrir e fechar, permitindo seu uso com segurança as pessoas com restrições sensoriais.


4. Informação de fácil percepção - O desenho comunica a informação necessária para o usuário, independente de suas habilidades ou das condições do ambiente.
Norma 4a: Usar diferentes maneiras (pictórico, verbal, táctil) para apresentação redundante de uma informação essencial.
Exemplo: Mapas em alto relevo permitem que as pessoas com restrições visuais identifiquem o ambiente em que se encontram.
Norma 4b: Maximizar a legibilidade da informação essencial.
Exemplo: Toda informação deve chamar a atenção do usuário, através do contraste entre fundo e figura e com o entorno.
Norma 4c: Diferenciar elementos de forma a poderem ser descritos ( isto é, tornar mais fácil dar informações ou direções).
Exemplo: Grandes edifícios devem criar referenciais, como a presença de água, que além de estimular os sentidos facilita a orientação das pessoas com restrições sensoriais e cognitivas.
Norma 4d: Prever compatibilidade com uma variedade de técnicas ou procedimentos usados por pessoas com limitações sensoriais.
Exemplo: Através da utilização do piso guia, a pessoa com restrição visual direciona-se ao longo de um percurso.


5. Tolerância ao Erro - O desenho minimiza riscos e conseqüências adversas de ações acidentais ou não intencionais.
Norma 5a: Organizar os elementos para minimizar riscos e erros: os elementos mais usados mais acessíveis; elementos de riscos ou perigosos eliminados, isolados ou protegidos.
Exemplo: Elevadores com acesso ao público devem estar em locais de destaque; elevadores de serviço devem estar mais reservados.
Norma 5b: Providenciar avisos de riscos e de erro.
Exemplo: Garantir que o tráfego de ciclistas seja seguro, dispondo de sinaleiras específicas em ciclovias que cruzam vias de trânsito intenso de veículos.
Norma 5c- Providenciar características de segurança na falha humana.
Exemplo: Elevadores com sensores impedem seu fechamento durante a passagem de uma pessoa.
Norma 5d- Desencorajar ações inconscientes em tarefas que exijam vigilância.
Exemplo: Sinaleiras sonoras e luminosas nos passeios providenciam avisos aos pedestres sobre a constante entrada e saída de veículos das garagens.


6. Baixo Esforço Físico - O desenho pode ser usado eficientemente, confortavelmente e com o mínimo de fadiga.
Norma 6a: Permitir ao usuário manter uma posição corporal neutra.
Exemplo: Disponibilizar balcões em duas alturas permitindo a aproximação de pessoas em cadeiras de rodas e crianças.
Norma 6b: Usar forças moderadas na operação.
Exemplo: Torneiras acionadas por pressão não requerem grande esforço físico.
Norma 6c: Minimizar ações repetitivas.
Exemplo: A maçaneta de porta do tipo alavanca evita o movimento repetitivo de girar a mão.
Norma 6d- Minimizar a sustentação de um esforço físico.
Exemplo: Rampas rolantes permitem o deslocamento do usuário sem esforço.


7. Dimensão e espaço para aproximação e uso Prover dimensão e espaço apropriados para o acesso, o alcance, a manipulação e o uso independente do tamanho do corpo, da postura ou mobilidade do usuário.
Norma 7a: Colocar os elementos importantes no campo visual de qualquer usuário,
sentado ou em pé.
Exemplo: Uma abertura de vidro lateral na porta assegura a visibilidade para pessoas de qualquer estatura.
Norma 7b: Fazer com que o alcance de todos os componentes seja confortável para qualquer usuário, sentado ou em pé.
Exemplo: Barras de apoio dispostas horizontal e diagonalmente facilitam o uso do sanitário por pessoas de habilidades variadas.
Norma 7c: Acomodar variações da dimensão da mão ou da empunhadura.
Exemplo: Portas com maçanetas em alça acomodam empunhaduras variadas.
Norma 7d: Prover espaço adequado para o uso de dispositivos assistivos ou assistência pessoal.
Exemplo: Dispositivos de segurança utilizados em metrôs, livrarias, etc, devem comportar a passagem de uma cadeira de rodas.




Ergonomia e os princípios do desenho universal


Cabe a ergonomia ajudar a transformar positivamente as condições de trabalho para as pessoas com restrições, tanto à nível organizacional quanto ambiental. É neste último – ambiente físico, mobiliário e equipamentos – que os conhecimentos específicos do desenho universal são fundamentais.


As diferentes restrições:
Há uma dificuldade em classificar as deficiências, principalmente devido ao seu largo espectro.
Há portanto variações na classificação entre os países, segundo os médicos, educadores, etc.
Para a ERGONOMIA: classificação conforme o ambiente e os equipamentos relacionados às necessidades especiais dos usuários. (Sob este enfoque, uma pessoa pode possuir uma deficiência e não ser deficiente.
Exemplo: indivíduo que possui uma uma falange, e não encontra dificuldade para realizar atividades no seu trabalho).
Restrição: indica o grau de dificuldade que cada indivíduo possui para realizar alguma atividade. Termo utilizado pela Organização Mundial da Saúde (International Classification of Functioning, Disability and Health), de 2001.
Restrição sensorial: refere-se às dificuldades na percepção das informações do meio ambiente devido a limitações nos sitemas sensoriais (auditivo, visual, paladar/olfato, háptico e orientação);
Restrições cognitivas: refere-se às dificuldades no tratamento das informações recebidas (atividades mentais) ou na sua comunicação através de produção linguística devido a limitações no sistema cognitivo;
Restrições físico-motoras: refere-se ao impedimento, ou às dificuldades encontradas em relação ao desenvolvimento de atividades que dependam de força física, coordenação motora, precisão ou mobilidade;
Restrições múltiplas: decorrem da associação de mais de um tipo de restrição de natureza diversa.


Causas das restrições:
Qualquer indivíduo pode ter restrições no desempenho de uma atividade.
1. deficiência
2. idade avançada
3. condições sócio-culturais
4. desenho do ambiente


No Brasil
ONU: entre 10% e 15% de pessoas são portadoras de algum tipo de deficiência, que varia conforme seu grau de desenvolvimento. Quando a estimativa gira em torno de 10%, a distribuição das porcentagens para cada tipo de deficiência é estimada da seguinte forma:
-5% para mental
-2% para física
-1,5% para auditiva
-1% para múltipla
-0,5% para visual
Censo do IBGE: 14% da população brasileira é atingida por algum tipo de deficiência.


Fonte: http://deficientesemacao.com/desenho-universal